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30.5.07

Festival Panos - Palcos Novos Palavras Novas











Terminou no passado dia 27 de Maio, na Culturgest, Lisboa, a II edição do Festival Panos – palcos novos palavras novas. O festival inspira-se no projecto NT Connections do National Theatre de Londres, que existe desde 1993 e já foi “adoptado” por outros países, caso de Portugal através da Culturgest.
O Panos procura aliar a prática do teatro pelos jovens em idade escolar e a produção de novas peças, expressamente escritas para essa faixa etária.
Tal como na I edição, em 2006, foram encomendados dois originais a escritores portugueses: Auto do Branco de Neve de Armando Silva Carvalho e Copo Meio Vazio de Alexandre Andrade. Foi traduzido um texto que tinha integrado o Connections 2005: Justamente de Ali Smith, com tradução de Miguel Castro Caldas.A Culturgest editou as três peças, tal como tinha acontecido na edição amterior.
Os grupos inscritos escolheram um dos três textos e propuseram-se levá-lo a cena. Houve contactos regulares entre autores, encenadores convidados e os grupos de forma a, durante o ano lectivo, haver um acompanhamento e orientação com vista à apresentação final.
Dos 25 grupos que participaram na edição de este ano, 18 conseguiram estrear dentro do prazo estabelecido, tendo sido escolhidos sete para fazerem uma apresentação na Culturgest. Foram usadas duas salas: o palco do grande auditório, onde foi montada uma plateia amovível, e o pequeno auditório. O público era eminentemente escolar e em grande parte das escolas participantes.Os espectáculos apresentados pautaram-se por boa qualidade, havendo um grande espírito de confraternização entre os alunos dos vários grupos.
O festival Panos, ultrapassado que parece estar o modelo dos Encontros de Teatro na Escola, de que não temos qualquer notícia, afigura-se como um projecto essencial e que poderá ajudar a dinamizar o nosso teatro escolar. Estão, pois, de parabéns os grupos participantes e Francisco Frazão, programador de teatro da Culturgest.
Contudo, os festivais de teatro escolar só farão verdadeiro sentido se não continuarem a ser “exemplos” felizes de algumas escolas, mas forem a expressão de uma democratização e de um verdadeiro acesso de todos os alunos ao ensino artístico, dentro do nosso sistema de ensino. Esse patamar de qualidade não se atingirá com clubes de teatro, que funcionam num ano para morrerem no seguinte, mas como a dignidade do teatro como disciplina curricular, com professores com a devida habilitação, como de resto acontece para qualquer outra disciplina.
Um exemplo da força do teatro na escola, e também do “desprezo” com que o Ministério da Educação o continua a tratar, é-nos dado pelo Grupo de Teatro Espirros do Norte da E.S. Padre Benjamim Salgado (Joane). Todos os seus elementos tiveram a opção de teatro no 9º ano, chegados ao 10º acabou o teatro ( a OED foi extinta há já alguns anos). Resolvem então reunir-se e formar um grupo de teatro. Como a escola não tinha sala apropriada ensaiaram numa associação próxima. Como não tinham professor responsável, encenaram eles, em conjunto, acabando por serem escolhidos para estarem na apresentação final, na Culturgest. Parabéns “Espirros”!
As inscrições para o Panos 2008 já estão abertas (inf. www.culturgest.pt)










Festival Panos 2007
Grupos seleccionados para a apresentação na Culturgest ( 25 a 27 de Maio)

Auto do Branco de Neve de Armando Silva Carvalho
Grupo de Teatro Espirros do Norte da ES Padre Benjamim Salgado (Joane, Famalicão)
Teatro Reticências da ES Leal da Câmara (Rio de Mouro)

Copo Meio Vazio de Alexandre Andrade
Teatro Viriato (Viseu)
Grupo de Teatro NA XINA LUA da ES/3 Tondela

Justamente de Ali Smith, com tradução de Miguel castro Caldas
Clube de Teatro da ES Albufeira
Colégio Sagrado Coração de Maria (Fátima)
Teatro do Gil da ES Gil Vicente (Lisboa)

Grupos participantes:

CERCICA – Cooperativa para a educação e reabilitação de Cidadãos Inadaptados (Cascais)
Clube de Expressão Dramática da EBI Marinhais do Sal (Rio Maior)
Clube de Teatro da ES Albufeira
Clube Teatro ES/3 Dr. António Carvalho Figueiredo (Loures)
Colégio Sagrado Coração de Maria (Fátima)
EB2,3 Alto do Moinho (Loures)
EB 2,3 Milheirós de Poiares (S. Maria da Feira)
ES Prof. Reynaldo Dos Santos (V.F. Xira)
Express’ar-Te da Es/3 Afonso Lopes Vieira (Leiria)
Externato Delfim Ferreira, Riba d’Ave (Famalicão)
Grupo de Teatro Espirros do Norte da ES Padre Benjamim Salgado (Joane, Famalicão)
Grupo de Teatro NA XINA LUA da ES/3 Tondela
Grutesco, Grupo de Teatro da ES Amadora
Teatro Devisa da ES Rocha Peixoto ( Póvoa do Varzim)
Teatro do Gil da ES Gil Vicente (Lisboa)
Teatro Reticências da ES Leal da Câmara (Rio de Mouro)
Teatro Viriato (Viseu)


23.5.07

FENPROF - Reunião de Professores de Técnicas Especiais



Membros da Comissão Instaladora da Aproted estiveram presentes na reunião que se realizou no passado dia 17 de Maio, na sede da FENPROF, em Lisboa, com o objectivo de analisar a situação profissional dos professores contratados de Técnicas Especiais.
Na reunião foram aprovadas, por unanimidade, duas moções que foram entregues ao Ministério da Educação.
Na primeira Moção exigiu-se o cumprimento da Resolução da Assembleia da República nº 17/2006 que recomendou ao Governo medidas tendentes a solucionar a precária situação profissional dos professores de Técnicas Especiais.
Na outra Moção, manifestou-se a preocupação dos docentes de T.E. relativamente às alterações introduzidas pelo Decreto-Lei 35/200/ de 15 de Fevereiro, que prevê o uso de contratos de prestação de serviços, a tempo parcial, para os docentes, o que iria agravar a situação dos professores de TE, contrariando a Resolução da Assembleia da República. Foi, ainda, proposta a continuação da contratação anual (ano lectivo) e que os docentes passem a integrar, obrigatoriamente, os quadros do M. E. ao fim de um determinado número de anos de serviço (a estabelecer) .
Os membros da APROTED chamaram a atenção para o facto de a situação dos professores de Técnicas Especiais ter uma dimensão nacional e não se circunscrever às escolas especializadas do ensino artístico de Lisboa e Porto. Foi, ainda, por nós referido que a generalidades das contratações de técnicos especiais não visam suprir necessidades temporárias do sistema, antes são necessárias ao normal desenvolvimento das actividades lectivas, sendo previstas e planeadas atempadamente pelas comissões executivas das escolas.
A FENPROF foi mandatada para desenvolver as acções que entenda adequadas para a defesa dos direitos dos professores de Técnicas Especiais, nomeadamente negociações com o Ministério da Educação, reuniões com a Comissão de Educação da Assembleia da República e com o Provedor de Justiça.